Ensaiando Textos

domingo, 12 de setembro de 2010

O que ELAS querem?

O que elas querem?



Se nem Freud explicou, essa questão será para sempre a incógnita do comportamento humano, o que as mulheres querem?


...Tudo que elas mais querem, é ser objeto de desejo, estar abaixo do peso, vestir um número menor, estar na moda e serem notadas aonde chegam!


Não! Não é só isso, mas é boa parte!


O problema é que nem elas sabem!


Achei que por portar o mesmo sexo, entenderia e seria vantagem em alguns aspectos, mas as vezes elas me confundem, dão um nó na minha cabeça, e fazem meu coração de picadinho!


...O que há de errado em gostar de rock, forró reggae ao mesmo tempo?


...o que há de errado ter amigos fumantes, usuários, ou intelectuais mesmo não sendo como eles?


...o que há de estranho em ir a lugares diversos e ser eu mesma quando todo mundo quer se copiar?






-Era seu aniversário, e às nove da manhã, sua mãe a acorda, pois havia recebido um lindo jarro branco quadrado, com um lindo buquê de Orquídeas lilases. Parecidas com uma mesma figura que tatuara no corpo dias antes, tomando todo um lado de sua delicada cintura, eu fiquei louca quando vi as cores vibrantes na sua pele clara, cheirosa e macia.


Ao tocar o celular, atendi ansiosa, achando que iria ouvir uma voz doce e suave agradecendo pelo presente ou dizendo que gostaria de me ver... Mas ao contrário, uma voz áspera e rude agradece tão formalmente que pareceu que tinha enviado flores ao governador. Não bastando tal gesto de delicadeza, me enviou uma mensagem a qual me desertificou as idéias: “Obrigada pelas flores. Não entendi nada, mas agradeço sempre, beijo.”






-Sem saber do que gosta de ouvir ou dançar, surgiu uma oportunidade de ir á um show de samba, o qual havia ganhado convites. Um amigo estava pronto a me levar de carona, resolvi arriscar e liguei pra convidá-la pra sair... – Oi, tudo bem? Não sei se você gosta, mas ganhei dois convites pro show de hoje a noite, quer ir comigo? Como resposta uma reação de espanto! – Nossa você gosta? ...na verdade eu não curto não, mas agradeço, fica pra outra vez! – Imediatamente temendo a total repulsão da minha pessoa por apenas uma tentativa aleatória de agradá-la, respondi prontamente: - Não gosto também não, mas ganhei os convites e seria legal sair pra conversar tomar uma cerveja quem sabe.


Sem muito pestanejar, me despedi e desliguei. Não fui ao show com meu amigo, e resolvi encontrar com amigos no “risca”.


Antes que pudesse me sentar já dei de cara com ela sentada a mesa, com amigas em comum, agradeci a Deus, a coincidência ou não, e tentei fingir total naturalidade quando estava em êxtase em poder revê-la! Passamos a noite conversando rindo e nos olhando, depois parei e pensei aqui no bar agente ouvi de tudo, em cada carro que para, o tipo de música diverge do ambiente, mas ouvimos de rock a samba e arrocha que descobri que ela gosta! Então o que tinha de mal num show de samba? Enfim, o que importa aconteceu, outro beijo dos seus lindos lábios ela me cedeu!






-Outra festa estava sendo divulgada, era uma festa de forró, e com certeza todo mundo estaria lá. Ousei mais uma vez ouvir um não, mas prefiro à dúvida de um sim, à certeza de um não ainda não pronunciado!


- Estou comprando o ingresso para o forró do fim de semana, posso comprar dois?- e a resposta seca foi: - Não estarei aqui, vou viajar.


Outra bola fora!


Meses sem ligar aparecer ou ver por aí, engatilhei o tiro de misericórdia, respirei fundo, peguei o telefone, disquei o número já decorado infelizmente, pois apaguei da agente e não da cabeça... não sei se queria que atendesse, ou preferia cair na caixa postal...mas enfim, -Alô! –Oi, tudo bem?- tudo sim. (...) Depois de um curto diálogo, coloquei o dedo no gatilho, apontei pra minha testa de perguntei: - Estou com ingresso do show pop rock de hoje, quer ir comigo?


E o que eu já previa, acontece, o disparo foi certeiro, o tiro de misericórdia foi dado e espero ter tomado vergonha na cara! – Eu já comprei o meu, mas nos vemos por lá!


Na saída do show, com um sorriso bobo, fui cumprimentá-la, disfarçou por um tempo que não me viu, mas cara de pau, fui lá, e perguntei se gostou do show. – Não morro de amores, foi um show “sem ter nem pra quê”. Já com sorriso amarelo, me despedi e me perguntei mais uma vez: o que elas querem afinal?


Aceitei minha derrota súbita, a todo e qualquer gesto de atenção, gentileza e cavalheirismo, vou me ausentar e namorar comigo mesma um pouquinho, e descobrir ao menos uma resposta, o que eu realmente quero?










Verinha 13/09/2010















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