Ensaiando Textos

sábado, 21 de maio de 2011

Quando o "se" acontece!


Quando o “se’’ acontece!



Se eu for?
Se você não gostar?
Se não acontecer como queremos?
Não gosto do “se”! Pretérito do incerto, duvidoso, algo possível, mas ainda não realizado, tom de arrependimento quando nos lembra uma escolha mal feita, uma decisão não tomada, que significa amargar algo que não aconteceu...


Prefiro mesmo é quebrar a cara e ver qual é! Gosto quando o “se” acontece entre um abraço, o beijo roubado e o afago trocado. Gosto sim de ter o que contar e arrepender-me depois, mas ter o sabor na ponta da língua e poder julgar se bom ou ruim, pois fiz o que deu vontade, mas nunca permanecer na dúvida do “e se...?”


Sempre que proponho um brinde: - Ao que temos vontade de fazer, e fazemos! Lembro bem do sabor da dúvida... “e se?... ’’ Pois prefiro o doce sabor de um possível sim, a amargar a certeza de um não ainda não pronunciado... daí vou fundo, corro o risco! No mínimo um, -Não! ou o –Sim! esperado, é quando o “se” acaba!


Preciso de adrenalina, da ansiedade, do frio espinhal, do medo monstruoso do encontro marcado, preciso imaginar, por fantasias pra fora e realizar o que o corpo pede;


-Prazer! Meu nome é atitude! Arrisco-me, me jogo no abismo, às vezes espero a reação, desistir também requer coragem, reconhecer que não dá mais com sensatez. Porém ficar parado nunca!


Quando o “se” acontece, a vida tem mais cor, sabor, leitura, sons, memórias, histórias, chegadas e partidas, fatos cômicos ou dramáticos, mas que não existiriam caso o “se” permanecesse imperfeito, lá no subjuntivo.


Uma garota alta voltagem num quarto duzentos e vinte, resultou na sobrecarga do ar refrigerado! Mas o “se” existiu por dois dias e duas noites!


Personalidade! Sim, mas busquei respostas antes que existissem questionamentos.
Ainda no início, me preocupava com o fim, como peru em véspera natalina, o medo de que tudo que havia planejado ficasse no “se”. Demonstrei minha inquietude, o corpo respondia quente, a ansiedade tomava conta do humor, e a imaginação já lamentava o “se” que não iria acontecer... –E se não partisse? E se não acabasse?


Distraída, não percebi, o que havia feito bem debaixo do meu nariz!


A passagem rasgada sobre a mesa, a exatos mil e oitocentos segundos da hora de embarque! A alegria substituiu a ansiedade e o “se” virou interrogação! – E agora? Vamos tocar o terror? Vamos sair e badalar!?


Eu queria mesmo era fazer amor, sentir o sorriso macio tocar meu sorriso bobo...


Sentir os abraços e carícias enviados pela cam*, ouvir ao pé do ouvido as travessuras tecladas na janela da web*, nos textos dos torpedos que vinham fuzilando o coração há meses!


Queria mesmo era que o “se” não existisse, e agora saber o que pensar e fazer, já que tudo acontecera!


Entre amigos e brincadeiras, “viagens”, um bordão surgiu, e a cada desconhecido sinônimo: - IARA?!!! Como se fosse a própria Wikipédia* ambulante entre nós!


O jovem, as Amarantes, o Urso, a banda, cada lugar por onde passamos o “se” concretizou e marcou aqui na agenda, na lembrança e no coração o SOL que em Aju fez Verão!